terça-feira, 2 de junho de 2015

Regional Amazonas/Roraima realiza atividades de prevenção ao TP em São Gabriel da Cachoeira - AM


DIGA SIM À VIDA
NÃO AO TRÁFICO DE PESSOAS

Com o desejo de fortalecer a rede em que a cada dia se juntam novos fios, continuar denunciando toda forma de violação de direitos e de modo muito especial o tráfico de pessoas as irmãs Eurides Alves de Oliveira e Roselei Bertoldo da Rede um Grito Um Grito pela Vida estiveram na diocese de São Gabriel da Cachoeira-AM, no dias 22 a 29 de maio de 2015.


O planejamento das atividades, articulação e acolhida das irmãs da rede foi feita pelas irmãs Catequistas Franciscanas Cidinha e Lenita e as noviças Fabiula, Irlândia e Sílvia. Os dias foram de partilha, oração, convivência, trabalho, esperanças, sonhos e desafios compartilhados, o que dá sabor, gosto  e sentido para a vida religiosa nos dias atuais.

A cidade de São Gabriel resguarda uma beleza natural encantadora com sua exuberante natureza às margens do Rio Negro, a visão da “Bela adormecida”, plantas diversas, muito verde e um povo acolhedor, gentil e hospitaleiro. Os encontros foram ricos e com públicos diversos: jovens da Pastoral da Juventude, crianças da Infância Missionária, alunos do IFAM (Instituto Federal do Amazonas), grupos do Centro Juvenil Salesiano, educadores da escola Sagrada Família e da rede municipal no espaço da FOIRNE (Federação Organizações Indígenas do Rio Negro), alunos do EJA (Educação de Jovens e adultos) da escola Inês Penha, crianças do projeto Bom de Bola, Bom de escola, programa na rádio municipal, encontro com os internos da Fazenda Esperança, com os missionários e missionárias da cidade de São Gabriel, participação no fórum interinstitucional que teve a temática do tráfico de pessoas como agenda principal e possibilitou uma série de denúncias e encaminhamentos.  Finalizando a programação foi feita uma conversa com Dom Edson Damian- bispo diocesano, com o intuito de apresentar dados e viabilizar os novos passos a serem dados.

O município com sua prioritária e majoritária população indígena de 23 etnias e 18 línguas faladas “guarda” ou quem sabe permanece adormecido, como a bela que visualizamos nos dias ensolarados uma extensa gama de violação de direitos que escutamos nos diversos grupos: exploração sexual de meninas e jovens, violência contra a mulher, adoção ilegal, trabalho escravo com extensas horas de trabalho  e nenhuma garantia de direitos trabalhistas, retenção dos cartões de benefícios pelos comerciantes, ausência de presença e atuação do poder judiciário, descrédito nas instituições públicas, um povo abandonado politicamente. Há muito medo de denunciar, insegurança, impunidade, violência, aumento do tráfico e consumo de drogas, uso da bebida por adultos, jovens e até crianças que podem ser vistos caídos nas ruas... “estamos sendo dizimados vivos” disse seu Almiro interno da Fazenda da Esperança.

          Ser testemunho de vida, esperança e ir desvelando caminhos de vida em meio à morte e a dor é nosso compromisso e missão. Que o nascer de cada dia seja um constante convite para estarmos atentas e acordadas aos apelos da realidade.
Irmã Cidinha M. Fernandes-CF


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